quinta-feira, 11 de junho de 2009

Literatura Erótica: Anaïs Nin



Hoje estava num desses dias em que a solidão parece pesar. Então, fiquei entre voltar à casa depois de um café na padaria ou ir inventar necessidades para manter-me minimamente em público. Acabei indo a um shopping, por atender a esse propósito e por estar chovendo, o que dificultava passeios pela cidade mais languidos e condizentes com meu estado de espírito. E me dei conta de que, especialmente agora, odeios os shoppings. Bem, lá fui eu a uma livraria comprar o papel que me faltava e, claro, não resisti a comprar livros, ainda que cada dia mais caros. A escolha pela gula dos olhos foi pelo diário de Anais Nin.
Para quem não sabe, durante muito tempo, a autora francesa Anaïs Nin (1903-1976) foi conhecida apenas como a terceira ponta de um triângulo amoroso formado pelo escritor Henry Miller e a sua mulher, June.
Com o tempo, porém, Anaïs Nin destacou-se do “ménage à trois” e transformou-se num mito literário.

Atualmente, a autora ocupa um lugar de destaque em várias livrarias na Europa e nos Estados Unidos. Os estudos da sua obra não pararam de crescer, sobretudo os que tratam do seu enorme e sensual Diário, que começou a escrever aos onze anos e só parou quando a mrte a retirou de cena. O seu primeiro livro, um ensaio sobre o escritor inglês D.H. Lawrence, foi publicado em 1931, no mesmo ano em que encontrou Henry Miller e June, com quem passou a viver uma fascinante história de amor, sexo e troca intelectual. Note-se que a história deste triângulo amoroso foi interpretada por Maria de Medeiros na pele de Anaïs no filme norte-americano Henry and June.

Em 1940, em Nova Iorque, passou a escrever histórias eróticas, que ela dizia terem sido encomendadas por um colecionador. Para fazer os contos, convidava os seus amigos escritores para reuniões no seu apartamento, onde escreviam juntos as histórias. Anaïs Nin escreveu mais tarde que os encontros ocorriam como se ela fosse a “dona de uma casa de prostituição literária”. As cópias dos contos ficaram na gaveta e ela só decidiu publicá-los em 1976, o mesmo ano de sua morte, nas antologias Delta de Vênus Erótica e Pequenos Pássaros. Hoje, estes dois livros são referência da literatura erótica feminina. (fonte:kavorka)

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