quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

de lejos, de lesbos...


Igual aos deuses me parece o homem
que pode contemplar-te frente a frente
e ouvir de perto a tua doce voz
deliciosa,

e o riso teu ouvir, cheio de encanto,
que no meu peito move o coração;
falta-me a voz se apenas te contemplo,
só por te ver;

foge-me a fala e logo sob a pele
queima-me as carnes um fogo incessante.
Já nada vêem os meus olhos; surdos
tenho os ouvidos.

Corre o suor pelo meu corpo todo;
sinto tremores, nada me alivia;
fico mais verde que a viçosa relva:
penso que morro.


***

Igual parece a los eternos Dioses
quien logra verse frente a ti sentado.
¡Feliz si goza tu palabra suave,
Suave tu risa!

A mí en el pecho el corazón se oprime
Sólo en mirarte; ni la voz acierta
De mi garganta a prorrumpir, y rota
Calla la lengua.

Fuego sutil dentro de mi cuerpo todo
Presto discurre; los inciertos ojos
Vagan sin rumbo; los oídos hacen
Ronco zumbido.

Cúbrome toda de sudor helado;
Pálida quedo cual marchita yerba;
Y ya sin fuerzas, sin aliento, inerte,
Muerta parezco.


Poema de Safo

Nenhum comentário: