terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Foi enquanto andava os seis quilômetros sob a lua em direção a casa que me dei conta de que há muito tempo não olhava o céu. O percurso, muito mais longo porque sob o medo, foi uma viagem a uma outra casa, a um ninho que antes era meu mundo sagrado. Sentei-me diante da mesma janela e aos poucos fui reclinando-me na mesma cama, enquanto lá fora as árvores me embalavam no mais tranquilo movimento. Mesmo em sua fúria, quando havia ventos fortes, elas estavam ali, comigo,sempre eu e elas... Claro que a tristeza veio junto também. E lágrimas que foram jogadas fora logo. Sentei-me numa calçada a desejar um sorvete de casquinha. Uma pessoa me alertou. Saí caminhando com pressa e tristeza. A merda do sorvete de casquinha não encontrei. E ao chegar a esquina da minha casa, sob a lua, sentei-me num bar à beira da praia, pedi uma cerveja e telefonei de meu celular.

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